MORRE LIA PIRES, UM DOS MAIS RENOMADOS ADVOGADOS CRIMINALISTAS DO PAÍS

O ano está fechando com uma notícia triste para a área de Direito. Na madrugada deste domingo (26), em Porto Alegre, faleceu, aos 92 anos, o advogado criminalista Oswaldo de Lia Pires. Internado no Hospital Mãe de Deus desde a sexta-feira (24), ele passou por uma cirurgia devido a uma fratura no quadril e não resistiu. Lia Pires era conhecido como “Príncipe dos Juristas” pela sua oratória imponente capaz de vencer os casos mais difíceis.

Protagonista de muitos julgamentos memoráveis, Lia Pires acumulava absolvições de grande dificuldade, tendo participado de cerca de 550 júris, quase todos como defensor do réu. Grande parte dos acusados eram figuras polêmicas, como o delegado do Departamento de Ordem Política e Social (Dops), Pedro Seelig, acusado e absolvido de participar do sequestro do casal de uruguaios Lilian Celiberti e Universindo Díaz, em 1978. O caso mais famoso, no entanto, foi realizado em 1990, em que Pires fez a defesa do deputado Antônio Dexheimer (PMDB), acusado do assassinato do também deputado e colega de partido, José Antônio Daudt.

Trajetória – Além de ter vivido acima da média, Lia Pires foi também um advogado acima da média, como afirmou Humberto Trezzi, na edição de domingo (26) do Jornal Zero Hora. “A fama atraiu as chamadas causas impossíveis e não há notícia de que ele tenha decepcionado clientes. Por tudo isso, é um dia de luto entre os bacharéis”, escreveu o jornalista. Como também afirmou Trezzi, Pires não se destacava apenas nos tribunais de júri: “Trabalhava também longe dos holofotes, em julgamentos mais silenciosos, defendendo acusados de sonegação, policiais suspeitos de corrupção ou até de sequestro”.

A oratória de timbre impecável começou a ser estruturada em seu trabalho temporário como locutor em uma rádio de Porto Alegre ao final da década de 30. Atuou, também, como professor de Geografia no Colégio Júlio de Castilhos, no qual lecionou para um ilustre aluno que foi um dos grandes políticos gaúchos, Leonel Brizola. Anos depois, Lia Pires acabou reencontrando o ex-aluno nos tribunais, dessa vez, para defendê-lo.

No final do ano passado, após 12 anos de jejum dos tribunais, Pires retornou para defender o coronel Edson Ferreira Alves e o tenente-coronel Arlindo Rego, da Brigada Militar, da acusação de assassinato de uma colega em 2001. Ambos foram absolvidos e Lia Pires contabilizou mais uma vitória para sua carreira.

Repercussão – O Correio do Povo publicou declaração do presidente da OAB/RS, Cláudio Lamachia, sobre a morte do criminalista: “Foi um exemplo de ética, dignidade e qualidade. Lia Pires foi e sempre será referência, sendo modelo para os atuais e para os futuros advogados”. O colega e amigo de Pires, Amadeu Weinmann, também em notícia do Correio do Povo, afirmou ser esta uma perda irrecuperável e que Pires foi uma referência na América do Sul. O advogado criminalista Nereu Lima afirmou para O Diário de Canoas: “Ele representou uma das maiores expressões na advocacia do Rio Grande do Sul. Ele e Eloar Guazzelli, também falecido, foram dois ícones da advocacia criminalista, duas escolas que inspiraram muitos jovens a ser advogados.

O Direito foi e é uma paixão passada de geração para geração na família de Lia Pires, que iniciou na área com trabalhos no escritório do tio, na década de 30, em Porto Alegre. Gaúcho de Montenegro, Lia Pires era casado e pai de três filhos, uma já falecida. Deixou ainda oito netos, quatro falecidos, e três bisnetos. O príncipe dos juristas foi cremado na tarde da segunda-feira.

Em outubro, alunos da FADISMA participaram da Jornada Lia Pires, promovida por instituição homônima. A FADISMA se sensibiliza com essa grande perda para a advocacia e para os gaúchos.

Leia mais – A Zero Hora traçou os principais fatos na trajetória de Lia Pires, leia aqui, (http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jspx?uf=1&local;=1&action;=galeriaPlayer&groupid;=394&galeriaid;=25714§ion;=Fotos) e também os casos de maior repercussão de sua carreira, aqui (http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local;=1§ion;=Geral&newsID;=a3153841.xml)

Assessoria de Imprensa da FADISMATexto: Luciana MinuzziResponsável/Contato: Liana Merladete

O ano está fechando com uma notícia triste para a área de Direito. Na madrugada deste domingo (26), em Porto Alegre, faleceu, aos 92 anos, o advogado criminalista Oswaldo de Lia Pires. Internado no Hospital Mãe de Deus desde a sexta-feira (24), ele passou por uma cirurgia devido a uma fratura no quadril e não resistiu. Lia Pires era conhecido como “Príncipe dos Juristas” pela sua oratória imponente capaz de vencer os casos mais difíceis.

Protagonista de muitos julgamentos memoráveis, Lia Pires acumulava absolvições de grande dificuldade, tendo participado de cerca de 550 júris, quase todos como defensor do réu. Grande parte dos acusados eram figuras polêmicas, como o delegado do Departamento de Ordem Política e Social (Dops), Pedro Seelig, acusado e absolvido de participar do sequestro do casal de uruguaios Lilian Celiberti e Universindo Díaz, em 1978. O caso mais famoso, no entanto, foi realizado em 1990, em que Pires fez a defesa do deputado Antônio Dexheimer (PMDB), acusado do assassinato do também deputado e colega de partido, José Antônio Daudt.

Trajetória – Além de ter vivido acima da média, Lia Pires foi também um advogado acima da média, como afirmou Humberto Trezzi, na edição de domingo (26) do Jornal Zero Hora. “A fama atraiu as chamadas causas impossíveis e não há notícia de que ele tenha decepcionado clientes. Por tudo isso, é um dia de luto entre os bacharéis”, escreveu o jornalista. Como também afirmou Trezzi, Pires não se destacava apenas nos tribunais de júri: “Trabalhava também longe dos holofotes, em julgamentos mais silenciosos, defendendo acusados de sonegação, policiais suspeitos de corrupção ou até de sequestro”.

A oratória de timbre impecável começou a ser estruturada em seu trabalho temporário como locutor em uma rádio de Porto Alegre ao final da década de 30. Atuou, também, como professor de Geografia no Colégio Júlio de Castilhos, no qual lecionou para um ilustre aluno que foi um dos grandes políticos gaúchos, Leonel Brizola. Anos depois, Lia Pires acabou reencontrando o ex-aluno nos tribunais, dessa vez, para defendê-lo.

No final do ano passado, após 12 anos de jejum dos tribunais, Pires retornou para defender o coronel Edson Ferreira Alves e o tenente-coronel Arlindo Rego, da Brigada Militar, da acusação de assassinato de uma colega em 2001. Ambos foram absolvidos e Lia Pires contabilizou mais uma vitória para sua carreira.

Repercussão – O Correio do Povo publicou declaração do presidente da OAB/RS, Cláudio Lamachia, sobre a morte do criminalista: “Foi um exemplo de ética, dignidade e qualidade. Lia Pires foi e sempre será referência, sendo modelo para os atuais e para os futuros advogados”. O colega e amigo de Pires, Amadeu Weinmann, também em notícia do Correio do Povo, afirmou ser esta uma perda irrecuperável e que Pires foi uma referência na América do Sul. O advogado criminalista Nereu Lima afirmou para O Diário de Canoas: “Ele representou uma das maiores expressões na advocacia do Rio Grande do Sul. Ele e Eloar Guazzelli, também falecido, foram dois ícones da advocacia criminalista, duas escolas que inspiraram muitos jovens a ser advogados.

O Direito foi e é uma paixão passada de geração para geração na família de Lia Pires, que iniciou na área com trabalhos no escritório do tio, na década de 30, em Porto Alegre. Gaúcho de Montenegro, Lia Pires era casado e pai de três filhos, uma já falecida. Deixou ainda oito netos, quatro falecidos, e três bisnetos. O príncipe dos juristas foi cremado na tarde da segunda-feira.

Em outubro, alunos da FADISMA participaram da Jornada Lia Pires, promovida por instituição homônima. A FADISMA se sensibiliza com essa grande perda para a advocacia e para os gaúchos.

Leia mais – A Zero Hora traçou os principais fatos na trajetória de Lia Pires, leia aqui, (http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jspx?uf=1&local;=1&action;=galeriaPlayer&groupid;=394&galeriaid;=25714§ion;=Fotos) e também os casos de maior repercussão de sua carreira, aqui (http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local;=1§ion;=Geral&newsID;=a3153841.xml)

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